1) Fomos à escola para conversar com a professora.
2) Fomos à escola para conversarmos com a professora.
3) Ambas estão corretas.
Resposta: ambas estão corretas.
Caso |
Flexão |
Exemplos |
Infinitivo pessoal com sujeito diferente do sujeito do verbo da oração anterior | obrigatória | Farei o possível para os hóspedes terem conforto aqui em casa. |
Infinitivo pessoal com sujeito igual ao do sujeito da oração anterior | optativa | Fomos à escola para conversar/conversamos com a diretora. |
Infinitivo pessoal com verbo antes do sujeito | obrigatória | Para conversarem com a diretora, eles foram à escola. |
Infinitivo regido por preposição e que funciona como complemento de substantivo ou adjetivo | proibida | Eles foram proibidos de entrar. // Elas não têm chance de vencer. // Somos obrigados a entregar a declaração. |
Infinitivo regido por preposição e que funciona como complemento de verbo | optativa | Ele convenceu os colegas a participar/participarem do projeto. |
proibida | Complemento representado por pronome:
Ele os convenceu a participar do projeto. |
|
Infinitivo na voz passiva, verbo reflexivo ou pronominal | obrigatória | Tiveram receio de ficarem perdidos. // Viviam juntos sem se conhecerem. // Tinham medo de se arrependerem |
Verbos deixar, fazer, mandar, ouvir, sentir ou ver + infinitivo | optativa | Se o sujeito do infinitivo não for pronome oblíquo:
Deixe as pessoas entrar/entrarem. // Ouvi os pássaros cantar/cantarem. |
proibida | Com pronome oblíquo:
Faça-os sair. // Não os ouvi chegar. |
|
Locução verbal | proibida | Eles devem chegar logo. // Queiram comparecer ao balcão de informações. |
——-
Fonte:
Manual da Redação da Folha de São Paulo, edição de fev. de 2018.
Dúvidas de português? Seus problemas acabaram!
Chegou o livro “As cascas de banana do português – Não escorregue nas minúcias do nosso idioma”, da revisora Betty Vibranovski.
——
Sujeito expresso claramente – obrigatória
Definir o sujeito através do verbo – obrigatória
Indeterminação do sujeito – obrigatória
Infinitivo substantivado – obrigatória
Sujeito diferente do verbo da oração anterior – obrigatória
Sem sujeito definido – proibida
Com sentido imperativo – proibida
Regido por preposição e funciona como complemento de verbo, substantivo, adjetivo ou advérbio – proibida
Regido da preposição a, assumindo valor de gerúndio – proibida
Com verbos causativos (deixar, mandar e fazer) e sensitivos (ver, ouvir, sentir e perceber) com sujeito representado por um pronome oblíquo átono – proibida
Sujeito igual ao verbo da oração anterior – optativa, mas desnecessária. Recomenda-se quando se quer enfatizar o sujeito da oração anterior
Verbo na voz passiva ou reflexiva, verbo pronominal ou verbo de ligação – optativa
Verbos causativos e sensitivos com sujeito representado por um substantivo – optativa
CurtirCurtir
Sujeito expresso claramente – obrigatória
Definir o sujeito através do verbo – obrigatória
Indeterminação do sujeito – obrigatória
Infinitivo substantivado – obrigatória
Sujeito diferente do verbo da oração anterior – obrigatória
Sem sujeito definido – proibida
Com sentido imperativo – proibida
Regido por preposição e funciona como complemento de verbo, substantivo, adjetivo ou advérbio – proibida
Regido da preposição a, assumindo valor de gerúndio – proibida
Com verbos causativos (deixar, mandar e fazer) e sensitivos (ver, ouvir, sentir e perceber) com sujeito representado por um pronome oblíquo átono – proibida
Sujeito igual ao verbo da oração anterior – optativa, mas desnecessária
Verbo na voz passiva ou reflexiva, verbo pronominal ou verbo de ligação – optativa
Verbos causativos e sensitivos com sujeito representado por um substantivo – optativa
CurtirCurtir
Excelente resumo! Parabéns.
CurtirCurtido por 1 pessoa
Olá, Ariane!
Obrigada pela mensagem! Fico feliz de saber que você gostou. 🙂
Aproveito para convidá-la a “seguir” o blog Português sem Mistério. Dessa forma, você será avisada por e-mail quando eu publicar um texto novo.
Abração,
Betty
CurtirCurtir
Muito útil! Obrigada.
CurtirCurtido por 1 pessoa
Olá, Janiere!
Que bom vê-la por aqui. Obrigada por sua mensagem! 🙂
Aproveito para convidá-la a “seguir” o blog Português sem Mistério. Dessa forma, você será avisada por e-mail quando eu publicar um texto novo.
Abração,
Betty
CurtirCurtir
Muito bom! Quadro esclarecedor…
CurtirCurtir
Olá, Débora!
Obrigada pela mensagem.
Abraço,
Betty
CurtirCurtir
Esclareço: Terá visto a borboleta… porque a crônica é pura velharia também…
CurtirCurtido por 1 pessoa
Oi Betty, tema sempre complexo, mas você soube tratá-lo com carinho e lucidez. Vou te mandar por email como anexo uma síntese que fiz sobre esse assunto com base num livro muito antigo de um gramático muito antigo com exemplos muito antigos — pura velharia. Talvez, tenha algo de útil pra você. Vi as fotos de que me falou — fim de semana com sol… e tudo parece alegre e suave, como em algumas crônicas de Rubem Braga, particularmente em “A borboleta amarela”. Acaso, você a terá visto?
CurtirCurtido por 1 pessoa
Oi, Luiz,
Agradeço desde já o envio do seu resumo. Será bem útil. 🙂
Betty
CurtirCurtir