“Transfira o dinheiro para a minha conta-corrente” ou “Transfira o dinheiro para a minha conta corrente”?
Segundo os dicionários Houaiss, Michaelis, Aulete, e Priberam, o correto é “conta-corrente”, com hífen. Para o dicionário Aurélio, é “conta corrente”, sem hífen.
Qual dicionário seguir?
Segundo a Professora Piacentini e o Professor Lutibergue, devemos seguir o Aurélio. O hífen de “contas-correntes”, dizem eles, não faz sentido, porque não há a formação de substantivo composto. Trata-se apenas de um substantivo (conta) qualificado por um adjetivo (corrente), assim como ocorre em “conta bancária”, “conta especial”, “conta conjunta”, “conta salário”.
=> De acordo com o dicionário Aurélio e os professores Piacentini e Lutibergue, o correto é conta corrente.
Exemplos:
Vou abrir uma conta corrente no Itaú. // Por favor, faça o depósito na minha conta corrente.// Tenho duas contas correntes, uma no Itaú e outra no Bradesco.
O dicionário Aurélio século XXI registra ainda “contas-correntes”, com hífen e os termos no plural, como designação de um livro onde se escrituram as contas. Exemplo: Todo dia, ele atualiza o contas-correntes da empresa. No entanto, a palavra “contas-correntes” não está em uso no Brasil.
A polêmica
Por que sem hífen?
Quem defende a escrita de conta corrente, sem hífen, entende que se trata de duas palavras separadas: o substantivo conta e o adjetivo corrente, que caracteriza esse substantivo. Defendem que essa estrutura ocorre em diversas situações: conta bancária, conta conjunta, conta empresarial, conta aberta, conta fantasma…
Por que com hífen?
Quem defende a escrita de conta-corrente, com hífen, entende que é obrigatório o uso do hífen visto se tratar de uma significação única. Defendem também que essa estrutura ocorre em diversas situações: conta-gotas, conta-quilômetros, conta-passos e conta-rotações, mesmo não estando o substantivo “conta-corrente” diretamente relacionado com o verbo “contar”.
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Se nem mesmo os dicionários sabem a grafia correta….
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A diferença que, em conta empresarial, o segundo substantivo não funciona como adjetivo, pois conta empresarial não é um tipo de conta. Já em conta-investimento, o segundo substantivo funciona como adjetivo, pois conta-investimento é um tipo de conta.
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Aiai! Desculpe-me: sou como você, que pode até gostar da norma culta, mas que, em razão da injustiça social que acometeu as escolas públicas (sou um pobretão ligeiramente emergente), não adquiriu recursos suficientes ao ingresso na discussão. Aí, meu Deus, vira essa lavagem, essa mistura de não sei, não entendo e “engula o meu palpite insustentado”. Definitivamente, não gosto da ANARQUIA. Prefiro situações onde haja um gestor. Gestor sem tirania, sábio. Aí, haveria uma norma não imposta, mas revestida de oficialidade. Gosto do termo “conta-corrente”. Parece-me mais específica. Mas, não, fica essa queda de braço… o quê? Queda-de-braço? Ah, não, tenha dó!
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Na minha humilde opinião acho que o correto seria com hífen, pois se trata de uma situação única, e não vejo obrigatoriedade de se formar um substantivo composto. E demonstro: “conta bancária” seria uma simplificação de “conta-corrente bancária”, assim como “conta conjunta” (“conta-corrente conjunta”) e assim sucessivamente.
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Com todo o respeito ao “Aurélio”, no meu entendimento, a grafia a ser adotada deve ser a que esteja de acordo com o VOLP, da ABL, no qual a palavra conta-corrente é escrita dessa forma.
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“conta-poupança” é diferente de “conta-corrente”, logo teu exemplo foi errôneo.
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