Cujo é um pronome relativo. Como tal, é usado para unir orações.
Este pronome tem uma característica especial: expressa relação de posse, em que o antecedente do pronome é o “possuidor” e o subsequente, “a coisa possuída”.
Exemplo:
Oração a: O homem é advogado.
Oração b: O carro do homem foi roubado.
Usando o cujo para ligar as orações, temos: “O homem cujo carro foi roubado é advogado”. O homem é o “possuidor” e carro é “a coisa possuída”.
“Cujo” é variável, concorda em gênero e número com a coisa possuída:
- A menina cujos olhos são azuis me fez lembrar um amor do passado.
- Ali vai o homem cuja casa vou comprar.
Pode haver preposição antes de cujo. Para tanto, basta que a regência do verbo da segunda oração exija essa preposição:
- Ele almoça no restaurante de cuja comida ninguém gosta.
O verbo da segunda oração, gostar, rege a preposição de: uma pessoa gosta de algo ou de alguém. Por isso houve o emprego da preposição de antes de cujo.
Constitui erro empregar cujo precedido ou seguido de artigo:
- Este é o autor
àa cuja obra ele se referiu. (Não há acento indicativo de crase.) - Comprarmos os livros de cujos os autores o professor comentou.
Fontes: Moderna Gramática Portuguesa, de Evanildo Bechara, e Site Português na Rede.
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A frase completa é “Ele foi até uma pequena cidade onde reside o estranho personagem aposentado, cuja memória é tão poderosa que deixava os amigos embasbacados”.
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Sara,
Eu deixaria a frase assim:
“Ele foi até uma pequena cidade, onde reside o estranho personagem aposentado, cuja memória é tão poderosa que deixava os amigos embasbacados”.
OU
“Ele foi até a pequena cidade onde reside o estranho personagem aposentado, cuja memória é tão poderosa que deixava os amigos embasbacados”.
Abraço,
Betty
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Obrigada, Betty. Acho que a segunda é a mais condizente. Me deu a sensação, lendo a primeira, de a memória é da cidade, percebe? Mas você resolveu trocando o “uma” por “a”. Abraços.
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Oi, Betty. Obrigada pelas explicações. Gostaria de tirar uma dúvida contigo. Na frase a seguir, há vírgula antes do “cujo”? E do “onde”? Desculpa o abuso. Desde já agradeço.
“Ele foi até uma pequena cidade onde reside o estranho personagem aposentado, cuja memória
é tão poderosa que…”.
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