Sujeito oculto, Sujeito indeterminado e Oração sem sujeito. Entenda a diferença. Veja exemplos.

Onde está o sujeito?

 

Qual o sujeito das orações abaixo?

  1. Não consigo parar de ler este livro.
  2. Roubaram minha bolsa.
  3. Havia dez pessoas na reunião.

 

 

Sujeito oculto

Sujeito oculto é o sujeito que está implícito na oração, ou seja, o sujeito não está expresso, mas é facilmente identificável pelo contexto ou pela desinência verbal. Por isso, esse tipo de sujeito é conhecido como oculto,  implícito, elíptico, subentendido ou desinencial. 

  • Não consigo parar de ler este livro. [Sujeito: “eu”, que se deduz pela desinência do verbo.]
  • O menino  aproximou-se e contou uma longa história. [O sujeito, “o menino”, está expresso na primeira oração e elíptico na segunda: e (ele) contou uma longa história.]

 

Sujeito indeterminado

Apesar de o verbo indicar que houve uma ação praticada por alguém, a identidade do sujeito é indeterminada.

Indetermina-se o sujeito normalmente por três motivos:

  1. Por não se saber sua identidade.
  2. Por querer torná-lo desconhecido.
  3. Por generalização.

Em português, assinala-se a indeterminação do sujeito de três modos:

1) Verbo na 3ª pessoa do plural sem sujeito explícito.

Normalmente falam pelas costas por ser mais conveniente. [Alguém fala, não se diz quem.] // Roubaram minha bolsa. [Alguém roubou, não se sabe quem.]

2) Verbo ativo na 3ª pessoa do singular + partícula de indeterminação do sujeito SE.

Vive-se bem neste lugar.

3) Verbo no infinitivo impessoal

Para conquistar sua confiança, é necessário trabalhar arduamente.  [ = Para (alguém) conquistar sua confiança, é necessário (esse alguém) trabalhar arduamente.]

Oração sem sujeito

As orações sem sujeito são construídas com os verbos impessoais, os quais não apresentam um sujeito promovendo a ação verbal. Tais verbos são usados na 3ª pessoa do singular.

São verbos impessoais:

1) HAVER com sentido de existência, ocorrência ou tempo decorrido.

  • Havia dez pessoas na reunião.
  • Houve dois feridos no acidente.

2) FAZER, PASSAR, FICAR e ESTAR, com referência ao tempo ou aspectos naturais.

  • Faz dois anos que me formei.
  • Hoje fez muito calor.
  • Ficou escuro de repente.
  • Estava frio naquele dia.
  • Passava das cinco da tarde.

3) Verbos que indicam fenômenos naturais: chover, ventar, nevar, trovejar, relampejar, amanhecer, anoitecer.

  • Ventou muito durante a noite.
  • Chovia torrencialmente.

Usados em sentido figurado, esses verbos têm sujeito e deixam de ser impessoais.

  • O orador trovejava ameaças.
  • Chovem notícias tristes nos jornais.

 

Fonte:

 A Gramática para Concursos Públicos, de Fernando Pestana.

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